O debate sobre tomar aspirina de forma preventiva tem rendido um longo debate, e inúmeros estudos científicos têm apresentado resultados conflitantes.
Uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA) decidiu colocar o máximo de tecnologia de que dispunham para tentar ajudar a esclarecer a questão.
Para isso, eles criaram um biochip, um dispositivo minúsculo que simula o fluxo de sangue nas artérias coronárias.
O aparelho permite, assim, avaliar os efeitos das drogas anticoagulantes.
O biochip permitiu pela primeira vez avaliar como a aspirina e outro medicamento de prevenção ao ataque cardíaco (uma classe de medicamento chamada inibidores GPIIb/IIIa) respondem a uma variedade de forças mecânicas do fluxo sanguíneo em artérias saudáveis e doentes.
A conclusão é que, embora a aspirina possa prevenir coágulos de sangue perigosos em alguns pacientes em situação de risco, ela pode não ser eficaz em todos os pacientes com estreitamento das artérias.
Funciona para uns e não para outros
A conclusão é importante porque pode ajudar a explicar porque tantos estudos chegam a resultados contraditórios.
Os dados são consistentes com os resultados clínicos que mostram que a fisiologia tem uma grande influência sobre a eficácia dos medicamentos usados para a prevenção de ataques cardíacos.
"O que nós descobrimos é que, com taxas de cisalhamento mais baixas, como as encontradas em artérias normais, a aspirina foi bastante eficaz em impedir que as plaquetas se aglomerem," disse Melissa Li, principal autora do estudo. "Com taxas de cisalhamento mais elevadas, a aspirina não foi tão eficaz na prevenção desses coágulos."
Segundo ela, isso sugere que a aspirina pode ser eficaz para a maioria das pessoas na prevenção de ataques cardíacos, mas não tão eficaz na prevenção de ataques cardíacos em pacientes com aterosclerose, por exemplo.
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